Mulher-menina, preta, fruto do casamento entre as letras e a música. A música é um pouco exagero, mas as letras são legítimas. Minha mãe, estudante de Letras, incentivou-me à leitura antes mesmo de minha alfabetização, enquanto meu pai arranhava uns acordes em seu violão e assoviava no pouco tempo livre que tinha. Nasci e cresci numa ilha, carinhosamente chamada de Ilha do Amor.
Aqui aprendi a amar a natureza, a apreciar o som do mar e o assovio dos ventos; apaixonei-me, descobri e redescobri meu amor pela vida e pelo ser humano. Assim, escolhi ser médica, caminho que me distanciou um pouco dos romances e aproximou-me da ciência – por pouco tempo. Tenho descoberto que ciência, arte e paixão andam mais juntas do que eu imaginava.